CRUZEIRO

Quatro jogadores do Cruzeiro que têm algo a provar no segundo semestre

Cruzeiro vive momento positivo, mas há jogadores que perderam espaço no time e terão que se provar para retomar a titularidade

O Cruzeiro terminou a primeira metade do calendário nacional em alta, com um 11 inicial bem definido e em segundo lugar no Campeonato Brasileiro. Mas, se os titulares vivem grande fase, há jogadores com algo a provar no segundo semestre.

Leonardo Jardim é quem treina a equipe desde fevereiro. O técnico português conseguiu recuperar alguns nomes que estavam em baixa e formou um time forte mesmo com estrelas no banco.

Por isso, há a perspectiva de que novos atletas possam retomar o bom futebol sob o comando de Jardim. A Raposa ainda tem 26 jogos a disputar na Série A e está viva na Copa do Brasil, torneio em que enfrentará o CRB nas oitavas de final.

Walace ainda não fez jus ao investimento do Cruzeiro

De reforço de mais de R$ 36 milhões a principal alvo de críticas no elenco. O volante Walace chegou com altas expectativas ao Cruzeiro, respaldado por boas temporadas no futebol italiano, mas não correspondeu ao investimento feito pela diretora celeste.

Na final da última Copa Sul-Americana, em novembro de 2024, Walace ficou marcado por falhar em gols do Racing, da Argentina, e deixar o campo aos 30 minutos do primeiro tempo. A Raposa perdeu a decisão por 3 a 1.

Em 2025, a situação do jogador não evoluiu, e ele passou gradativamente a ter menos chances como titular. No Brasileirão, Walace foi acionado somente cinco vezes nas 12 primeiras rodadas.

Se não for negociado pelo Cruzeiro, o meio-campista será o jogador com mais coisas a provar no segundo semestre, pois está fora até da lista de reservas mais utilizados por Jardim.

O seu principal concorrente é Lucas Romero, vice-capitão e figura de liderança do Cruzeiro. Ele até teve um momento de oscilação no começo da temporada, que não foi aproveitado por Walace. Entretanto, o argentino passou a jogar bem depois do começo da Série A, abrindo poucas brechas para disputa por posição.

Matheus Henrique terá que lutar para retomar vaga

Matheus Henrique rompeu o menisco lateral do joelho direito em abril, no início da Série A. O volante era titular absoluto do time e estava sempre entre os destaques do Cruzeiro.

A situação do jogador agora é complicada, porque a concorrência no meio-campo se intensificou após a sua lesão. Lucas Silva, que vinha em baixa, se consolidou como o segundo volante titular e principal cadenciador do Cruzeiro. Já Christian virou o ‘motorzinho’ do Cruzeiro, fazendo papel de ‘falso ponta’ pelo lado direito.

Atualmente, é difícil ver Jardim tirando algum desses atletas do time. Matheus Henrique terá que desempenhar grande futebol quando voltar aos gramados para conseguir desbancar algum dos dois companheiros. A vaga que o volante tinha como titular não é mais cativa.

William perdeu concorrência para Fagner

William foi o lateral-direito titular do Cruzeiro do início de 2023 até abril de 2025, quando perdeu espaço para Fagner. Posteriormente, o ala até recuperou espaço e teve sequência de jogos nos momentos em que o companheiro ficou fora dos gramados por causa de problemas musculares e desgaste físico.

A situação de William, porém, ainda está longe de voltar ao estágio que atingiu em 2024, quando o camisa 12 foi eleito o melhor da posição pelo troféu Bola de Prata, da ESPN, e ele foi convocado à Seleção Brasileira.

Para voltar a alcançar grandes voos, William terá que desbancar a concorrência de Fagner e se tornar o homem de confiança de Jardim na lateral direita do Cruzeiro.

Gabigol está limitado a papel de reserva de luxo no ataque

Outro jogador que perdeu a titularidade em abril foi Gabigol. O atacante tem participado da maior parte dos jogos, contribuiu em gols importantes, mas não se conseguiu firmar no 11 inicial.

Esse cenário era improvável quando Gabigol foi contratado, mas se tornou realidade a medida que os meses foram passando, principalmente quando a nova formação titular de Jardim passou a dar resultados expressivos.

Na Série A, o atacante marcou dois gols e atuou por apenas 310 minutos nas nove vezes em que foi escalado – média de 34 por partida, menos de um tempo completo. Em todos os principais jogos da competição ele entrou no fim da segunda etapa, como contra Flamengo (2 a 1), Palmeiras (2 a 1) e Atlético (0 a 0).

Hoje, Gabigol disputa espaço em diferentes posições, já que tem recursos que o permitem atuar em mais de um setor. O problema é que os concorrentes são páreo duro: o meia-atacante Matheus Pereira, considerado o cérebro do setor ofensivo, e o centroavante Kaio Jorge, líder em gols da equipe e vice-artilheiro do Brasileirão.

Nas pontas, é mais difícil que Gabigol seja escalado como titular, pois não executa as mesmas funções que Wanderson (esquerda) e Christian (direita) exercem na equipe de Jardim.

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OSZAR »